sábado, 28 de junho de 2008

UM TAPA NA CARA DA SOCIEDADE

Resumo: provaram a teoria da evolução.

Veja a matéria na íntegra logo abaixo.


Experiência histórica mostra evolução em população de bactérias



Quer uma prova da teoria da evolução? Fácil, fácil. Pegue um organismo vivo, acompanhe-o durante 44.000 gerações e depois veja se o organismo evoluiu em resposta a algum evento aleatório, não previsível.

Ainda não vai ser o bastante, porque, para conseguir publicar seu trabalho, como boa prática científica, o experimento terá que ser repetido para ver se a alteração observada no organismo também não foi obra do acaso.

Pois é, parece impossível de se fazer...

Mas não é. E o grupo de pesquisadores do laboratório do Dr. Richard Lenski, da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, fez isso. Eles acabam de publicar um artigo histórico no PNAS que descreve exatamente como foi feita a pesquisa.

A coisa demorou mesmo: eles levaram 20 anos na pesquisa, trabalhando com a nossa querida Escherichia coli. Eles começaram com 12 populações da bactéria, que se desenvolveram separadamente ao longo de 44.000 gerações.

Por volta da geração 31.500 as bactérias de uma das populações adquiriram a capacidade para metabolizar citrato, um nutriente que está presente em seu meio de cultura mas que elas não conseguem aproveitar. A capacidade de metabolizar citratos é a principal técnica que os cientistas usam para distinguir a E. coli de outras bactérias.

As X-bactérias mutantes se proliferaram rapidamente dentro de sua população.

Ao longo da experiência, o Dr. Lenski e sua turma guardaram no freezer amostras das populações a cada 500 gerações, o que permitiu que eles repetissem o experimento.

Demonstrando que o efeito não foi resultado de alguma inversão cromossômica rara, o surgimento das E. coli Cit+ (capazes de metabolizar citrato) só acontece na população específica onde elas surgiram originalmente e quando o repeteco da experiência começa a partir da geração 20.000. Uma prova de que a mutação genética foi resultado de uma série de alterações, cujo elemento-chave ocorreu por volta da geração 20.000. O que exatamente é esse elemento-chave os pesquisadores ainda não sabem, mas pretendem descobrir a seguir.

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